Sábado, dia 21 de março, realizou-se um Simulacro de Incêndio Urbano no casco antigo de Albufeira. O exercício à escala real pretendeu testar o Plano de Intervenção para a zona antiga da cidade, relativamente ao risco de incêndio urbano, numa iniciativa integrada nas comemorações do Dia Internacional da Proteção Civil.
Pelas 9h deflagrou um incêndio no n.º 24 da Rua da Igreja Velha, reduzindo a escombros uma habitação devoluta e provocando a evacuação e realojamento de 20 pessoas, residentes nas moradias contíguas. Transmitido o primeiro alerta pelas 9h10, bastaram sete minutos para que as forças de intervenção chegassem ao local. A operação envolveu 16 veículos (ambulâncias, viaturas de abastecimento, carros de combate a incêndio) e 52 operacionais, entre os quais se encontravam elementos do Corpo dos Bombeiros Voluntários de Albufeira, Cruz Vermelha Portuguesa, GNR e Autoridade Marítima.
Seis feridos ligeiros foram socorridos no local pela equipa de Saúde de Apoio, constituída por duas ambulâncias e quatro elementos da Cruz Vermelha Portuguesa – delegação de Silves/Albufeira que se encontrava posicionada junto à Rua do Cemitério Velho e à Rua Afonso III, respetivamente. O Posto de Comando ficou instalado junto ao Quintal da Câmara Municipal, na Rua do Cemitério Velho, a cerca de 150 metros de distância do local do incêndio, numa zona de maior segurança, a partir da qual estavam a ser planeadas todas as operações de socorro. Junto ao Museu Municipal de Arqueologia ficaram as viaturas e elementos responsáveis pelo abastecimento de combustíveis, alimentos e água às equipas operacionais que se encontravam no Teatro de Operações.
Às 10h50, o incêndio foi dado como extinto. Foram evacuadas as vítimas e encaminhadas para o local de alojamento, no Pavilhão Municipal de Albufeira. Deu-se início às buscas secundárias, operações de rescaldo, reavaliação da estrutura do edifício onde deflagrou o incêndio e às diligências necessárias para a recuperação da normalidade na área afetada. Pelas 11h10 foram convocados os jornalistas para uma Conferência de Imprensa nas instalações do Museu Municipal de Arqueologia, com declarações a serem prestadas pelo presidente do Município, Carlos Silva e Sousa, pelo Comandante das Operações de Socorro, Francisco Abreu (Adjunto do Comando dos BVA) e pela vereadora com o pelouro da Proteção Civil e Diretora do Exercício, Ana Vidigal.
Carlos Silva e Sousa referiu que, apesar de algumas contingências, consequência de fatores relacionados com a tipologia do edificado característico de zonas antigas (utilização de taipa e madeira na construção, casas degradadas ou em ruínas e edifícios históricos), ruas estreitas com dificuldades nos acessos, viaturas mal estacionadas, população envelhecida e com reduzida mobilidade, e ainda com um hotel nas imediações, o Simulacro decorreu conforme estava previsto.
“Verificou-se uma excelente articulação entre as diferentes forças envolvidas no terreno, os mecanismos de socorro funcionaram, os equipamentos responderam de forma eficaz e foram alcançados todos os objetivos desenhados para a operação”, concluiu o edil.
A Diretora do Exercício, a vereadora Ana Vidigal, confirmou que foram alcançados todos os objetivos propostos e informou que, pelas 13h, iria decorrer uma reunião designada por «hot briefing», na tenda instalada na Praça dos Pescadores, com vista a avaliar toda a ação, nomeadamente as atividades que ocorreram antes, durante e após a realização do exercício, bem como as principais dificuldades sentidas.
“Com a avaliação iremos verificar o nível de cumprimento dos objetivos, avaliar os procedimentos das diferentes entidades que participaram no exercício e propor a correção de eventuais anomalias”.