O Clube de Golfe de Vilamoura, no torneio masculino, e o Club de Golfe de Miramar, no feminino, confirmaram o favoritismo que lhes era atribuído à partida no Campeonato Nacional de Clubes Solverde e impuseram-se nas finais disputadas no dia 24 de agosto. Tanto os algarvios como as gaienses tinham vencido a primeira fase do torneio em stroke play e nos últimos três dias também dominaram em match play na prova que a Federação Portuguesa de Golfe organizou no Oporto Golf Club, em Espinho.
Na Taça Nini Guedes de Queiroz (o torneio feminino) fez-se história na competição, pois Miramar nunca tinha colocado o seu nome no troféu. Miramar derrotou as campeãs do ano passado, do Quinta do Peru Golf & Country Club, por esclarecedores 4-1. Na Taça Visconde de Pereira Machado (masculino), Vilamoura impediu Miramar de tornar-se apenas no terceiro clube a conseguir a dobradinha, ao vencer por ainda mais esmagadores 5,5-1,5. Foi o 3.º título consecutivo de Vilamoura e o 15.º no seu historial, ficando a apenas um do recorde nacional de 16 do Club de Golf do Estoril.
Os resultados das finais foram em grande parte ditados pelos «foursomes» (pares) da manhã, dado que ambas as equipas campeãs foram para os singulares da tarde a ganhar por 2-0. “Quem vai a perder por 2-0 para a tarde está morto. Não quer dizer que seja impossível recuperar, mas é extremamente complicado”, frisou Joaquim Sequeira, o carismático treinador profissional de Vilamoura.
Na final masculina, já se sabia que a dupla de João Carlota e Nathan Brader seria muito forte, até porque são dois dos três jogadores que integraram a equipa de Vilamoura que em dezembro se sagrou campeã europeia de clubes. Mesmo sabendo que no dia anterior este par tinha perdido, o treinador manteve a confiança neles e asseguraram o ponto para os algarvios, batendo os nortenhos Renato Ferreira e José Maria Cunha por 1 up. Mais importante foi a vitória de Vítor Lopes e Francisco Oliveira sobre Tomás Bessa e Pedro Lencart Silva. Apesar de muito jovens, estes jogadores de Miramar complementam-se bem nos «foursomes», pela potência de Tomás e o fino jogo curto de Pedro. No dia anterior bem tinham provado que um dia poderão ser um temível par na seleção nacional. Mas os algarvios venceram por 3-2 e isso praticamente garantiu o «tri» de Vilamoura logo de manhã.
Para os singulares da tarde, Miramar fez uma alteração na equipa, mas nem assim evitou a derrota. Aos 9 buracos, os algarvios venciam três dos cinco confrontos de singulares e só precisavam de duas vitórias para serem campeões. Com Nathan Brader a vencer Rui Mendes por 3-2, o mesmo resultado de Vítor Lopes sobre José Maria Cunha, estavam encontrados os tricampeões nacionais e os capitães decidiram empatar os restantes três duelos, mas vale a pena referir que, nesses, só Pedro Lencart ia na frente por 1 diante de Francisco Oliveira. De resto, Vilamoura dominava os outros dois: Tomás Melo Gouveia liderava por 3 frente a Henrique Barros e João Carlota comandava por 2 face a Tomás Bessa.
Na final feminina, a história não foi muito diferente. Miramar reforçou-se este ano e, da equipa que em 2013 perdera nas meias-finais com a Quinta do Peru, restava apenas a bicampeã nacional amadora, Susana Ribeiro. Leonor Bessa, Joana Silveira e Inês Santos são rookies nesta formação, que se sagrou campeã nacional sem contar com a campeã nacional de sub-18, Beatriz Themudo, que não pôde jogar. A Quinta do Peru bateu-se galhardamente, mas era vital para as aspirações das campeãs de 2013 vencer pelo menos um dos foursomes» da manhã. A grande aposta era na formação de Magda Carrilho e Marta Pinheiro, mas quando estas perderam por dois buracos com Joana Silveira e Inês Santos, já se sabia que Miramar seria campeã nacional.