Terra de Partidas e Chegadas, como referia Manuel Teixeira Gomes, Portimão tem a construção da sua identidade, enquanto comunidade, baseada no acolhimento e tolerância a migrações internas e externas. Foi assim com naturalidade que o Município de Portimão respondeu ao desafio do Alto Comissariado para as Migrações, apresentando uma candidatura, entretanto já aprovada, para a conceção de um Plano Municipal para a Integração dos Imigrantes que sistematizasse todo o trabalho que de alguma forma tem vindo a ser desenvolvido nesta área e perspetivasse o futuro.
Uma das mais-valias do plano baseia-se na elaboração de um diagnóstico social, que permitirá aprofundar o conhecimento das comunidades residentes, quer das que recorrem à rede formal de apoio, quer das que se integram informalmente, sobre as quais não existe muita informação. Outra das vantagens deste projeto reside na oportunidade para se desenhar medidas corretivas na área da imigração, constituindo-se desta forma como uma oportunidade para se desenhar um território mais participado, planeado e inclusivo.
O Município de Portimão será o promotor desta iniciativa, que será desenvolvido em parceria com as freguesias de Portimão, Alvor e Mexilhoeira Grande; Instituto de Emprego e Formação Profissional - Centro de Emprego de Portimão; ARS – ACES Barlavento; Centro Distrital de Segurança Social de Faro; Serviço de Estrangeiros e Fronteiras – Delegação de Portimão; Agrupamento Vertical Eng.º Nuno Mergulhão, promotor do Programa Escolhas; Centro Hospitalar do Algarve; Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes; associação CAPELA; Associação Caboverdiana Algarve; Associação de Santomenses e Amigos do Algarve e Associação Guineenses e Amigos. Para a conceção deste plano prevê-se a realização de diversas iniciativas destinadas à população imigrante e sociedade de acolhimento, bem como a participação de todas as instituições que contactam regularmente com a população imigrante e com papel ativo na promoção da sua integração.
Esta primeira fase de conceção do plano será até Junho de 2015, data em que sairá a versão final. O plano terá uma validade de dois anos e é financiado pelo Fundo Europeu para a Integração de Nacionais de Países Terceiros.