por Daniel Pina, em 02.10.14
A caravela Boa Esperança navegou até à Andaluzia com o objetivo de promover o Algarve e, ao mesmo tempo, chamar a atenção das escolas e do público em geral para o rico património histórico e cultural do sudoeste da Península Ibérica ligado à época dos Descobrimentos. A Boa Esperança, réplica das embarcações quinhentistas usadas na epopeia marítima dos séculos XV a XVII, foi o alvo das visitas e dos comentários entusiasmados de 7775 pessoas durante o verão, a maioria das quais de nacionalidade espanhola (48 por cento), britânica (27 por cento) e francesa (11 por cento). “O balanço desta iniciativa é realmente positivo. O nome do Algarve chegou não só aos espanhóis mas também aos turistas que nesse momento estavam de férias na Andaluzia, comunidade com 8,4 milhões de habitantes. Temos ainda de contabilizar todos aqueles que apesar de não terem subido a bordo contactaram com a marca Algarve nos cinco portos onde a embarcação esteve atracada. Este impacto indireto é estimado em 30 mil pessoas”, salientou o presidente da RTA, Desidério Silva.
A expedição marítima começou em junho, mês em que a caravela soltou amarras de Lagos com destino a Sevilha, Cádis, Málaga e Almería, percorrendo cerca de mil milhas náuticas no total da viagem. Regressou em setembro ao Algarve, onde para já permanecerá fundeada. Esta iniciativa organizada pela RTA, com o apoio da Fundación Nao Victoria, surge integrada no âmbito do projeto Descubriter, que une o Algarve à Andaluzia numa rota turística criada para promover a cultura, a história e o património destas duas regiões de onde partiram as primeiras embarcações rumo à descoberta do mundo.