A arte ancestral que tanta tradição e expressão tem no Município de Lagos foi o grande destaque do último fim de semana de julho, com a realização de mais uma Feira Arte Doce. Esta Feira Concurso tem procurado desde a sua 1ª edição, em 1987, contribuir para a preservação de uma das mais genuínas, ancestrais e apreciadas tradições da região - a doçaria, sobretudo a confecionada à base de amêndoa e figo.
À semelhança do que tem acontecido nas edições anteriores, a Feira é sempre dedicada a um tema da atualidade, estando o desta 27ª edição alinhado com a comemoração do «Ano Internacional da Agricultura Familiar». A doçaria tradicional algarvia teve, naturalmente, lugar de destaque neste certame, mas mereceu igual relevância a presença de artesãos dedicados e empenhados em manter a sua tradição, de associações locais, que ali foram mostrar a sua atividade, bem como um espaço próprio para os mais pequenotes, da responsabilidade da Biblioteca Municipal e do Centro Ciência Viva de Lagos. Este ano, a participação voltou a registar níveis expressivos, verificando-se a presença de cerca de três dezenas de bancas ocupadas com Doçaria, outras tantas com Artesanato e várias bancas ocupadas por entidades locais (instituições e associações), perfazendo um total de 70 participações no interior e exterior do Pavilhão.
A animação, que contou com a presença de várias associações, coletividades e artistas do concelho, foi também uma constante durante toda a Feira. A organização da ARTE DOCE ficou a cargo da Câmara Municipal de Lagos, que contou com os apoios das Juntas de Freguesia do Concelho, da empresa municipal LAGOS-EM-FORMA (que acolheu o evento nas suas instalações), Turismo do Algarve e de alguns restaurantes do concelho.