Completam-se, no próximo dia 22 de junho, nove décadas sobre o conflito entre as forças policiais e a classe operária corticeira silvense, acontecimento que, pelo seu impacto, constitui um marco simbólico na história do movimento operário de Silves. Por isso mesmo, a efeméride será retratada numa exposição documental, promovida pelo Arquivo Municipal de Silves, e que estará patente nos Paços do Concelho até 30 de junho.
Desde o surgimento da Associação de Classe dos Operários Corticeiros de Silves, em 1886, ao crescimento da atividade corticeira e cenário social, a exposição irá centrar-se no quadro de greve gerado em junho de 1924 e nos conflitos gerados entre forças policiais e operários, de onde resultou um morto e 14 feridos (entre as quais 9 crianças) e cujo sentimento de recolta e emoção deu origem a dois grupos anarquistas o Grupo Libertário «Mártires 22 de Junho», em Silves e o Grupo Libertário «Os Unificadores», em S. Bartolomeu de Messines.