Doença reconhecida apenas há cerca de 50 anos e tema pouco debatido, a depressão nas crianças e adolescentes é distinta da depressão nos adultos, existindo ainda muita desinformação nesta área. Consciente da pertinência do tema, o Município de Albufeira decidiu, através do Gabinete da Família, realizar um seminário, destinado a informar a população em geral, professores, pais, técnicos de educação e saúde, em particular, sobre os sinais e sintomas da doença, medidas preventivas, tipos de tratamento, recursos e mecanismos de ajuda.
Foram muitos os especialistas que se deslocaram a Albufeira para participar como palestrantes e responder às inúmeras questões colocadas durante o período de debate: Augusto Carreira (diretor da Pedopsiquiatria do Centro Hospitalar Lisboa Central), Teresa Leite (Psicóloga Clínica e presidente da Associação Portuguesa de Musicoterapia), Fernando Santos (Pedopsiquiatra no Hospital Beatriz Ângelo), Nuno Encarnação (Psicólogo Clínico no Centro de Acolhimento Catraia), Maria do Carmo Marcelino (Pedopsiquiatra no Centro Hospitalar do Algarve), Andreia Pacheco (Psicóloga Clínica no Centro Hospitalar do Algarve), Marina Carvalho (Psicóloga Clínica e da Saúde no Centro Hospitalar do Algarve), Paulo Gomes e Inês Camacho (Equipa Aventura Social – Promoção da Saúde e Estilos de Vida Saudáveis), João Beles (Naturopata) e Joanne Gribel ou Ana Banana, como gosta de ser conhecida, (Fundadora do Yoga do Riso em Portugal).
Sobre esta temática, Ana Vidigal, vereadora com o pelouro da Família, referiu: “Temos que ter a consciência que as crianças e jovens também sofrem as vicissitudes e impactes que existem no mundo atual na sociedade, a que não devem ser alheias todas as entidades envolvidas neste processo de crescimento e desenvolvimento integral das nossas crianças e jovens”. A autarca salientou que não é muito habitual falar sobre este tema que não se revela da mesma forma nas crianças, adolescentes e adultos, “pelo que devemos estar atentos a todos os sinais de tristeza, angústia, revolta, alterações que só são relevantes se existir uma continuidade”, disse. “O mais importante é fazer destes espaços de reflexão, espaços de interação, para que nos possamos unir em torno daquilo que pode ser um flagelo, de forma a fazer destas crianças e jovens pessoas saudáveis, aptas e sobretudo felizes”, destacou ainda Ana Vidigal.