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À conversa com as mulheres de Albufeira

por Daniel Pina, em 11.03.15
A 8 de março comemorou-se o Dia Internacional da Mulher e o Município de Albufeira fez questão de assinalar a data com um convite dirigido a oito mulheres para uma conversa sobre mulheres. Numa plateia constituída maioritariamente por mulheres, Carla Isidoro, Daniela Branco, Filipa Sousa, Helena Carmo, Maria da Graça Guerreiro, Maria de Lurdes Meirinho, Renée Teixeira da Cruz e Teresa Biló (breve descrição biográfica na coluna lateral) juntaram-se numa mesa redonda, moderada por uma mulher, Idalécia Rodrigues, técnica de Relações Públicas da Autarquia. Com diversas experiências de vida e percursos profissionais diferentes deram o seu testemunho pessoal do que é ser mulher em pleno século XXI, sendo mães, avós, donas de casa, com profissões exigentes, algumas desdobrando o tempo para exercer serviço de voluntariado na comunidade.
Como é da praxe, a primeira pergunta lançada foi «Portugal é um país de machistas?». As opiniões não foram unânimes, mas todas e todos (os homens que usaram da palavra) concordaram que apesar de alguns preconceitos ainda existentes na sociedade, os tempos são de mudança – por vezes lenta em alguns aspetos – mas estamos no bom caminho; a evoluir no sentido da alteração de mentalidades. As pessoas estão cada vez mais conscientes relativamente às questões da igualdade de género e de sexo, da violência doméstica, entre outros fatores importantes nesta matéria. O papel da mulher, na família, no trabalho e na sociedade, a maternidade, as diferenças salariais, os estilos de liderança, as formas de pensar e de sentir de cada um dos sexos, as questões ligadas à beleza, a ascensão aos lugares de topo na carreira e na política, foram os principais temas em discussão que, naturalmente, não se esgotaram nesta conversa.
O presidente da Câmara, Carlos Silva e Sousa, lembrou a este propósito que, nos últimos 40 anos em democracia, uma das maiores conquistas, “a mais significativa a nível social” tem a ver, precisamente, com as questões da igualdade. “O papel da mulher na sociedade sofreu uma profunda alteração, basta referir que antes do 25 de abril estava consagrado no próprio Código Civil a figura do Poder Marital, em que as mulheres deviam obediência aos maridos. Atualmente o princípio que vigora é o da Igualdade”, frisou, salientando ainda a grande mudança verificada ao nível das mentalidades. “Evidentemente que as situações reprováveis não se extinguem por decreto mas, hoje em dia, a sociedade condena-as social e juridicamente e, como exemplo mais paradigmático, temos a violência doméstica que passou a constituir crime público”.
A terminar destacou que mesmo em profissões que anteriormente eram vedadas às mulheres, como os Juízes, isto já não se verifica e até na política temos mulheres em posições de grande relevo, dando como exemplos a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, e a Ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, entre outras. Carlos Silva e Sousa disse ainda que a própria Câmara Municipal de Albufeira pode ser considerada um exemplo a seguir, com uma situação bastante equilibrada entre homens e mulheres, quer na composição do Executivo quer ao nível das Chefias. Também o presidente da Assembleia Municipal de Albufeira, Paulo Freitas, partilha da mesma opinião, reforçando que “a igualdade de género e de sexo já é completamente aceite e que a nível profissional a questão passa pelo reconhecimento do mérito”.

publicado às 11:55



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