Vítor Aleixo, presidente da Câmara Municipal de Loulé, fez um balanço do primeiro ano de trabalho do atual executivo e, tendo sempre presente o lema de campanha - «Ninguém ficará para trás!» –falou dos quatro eixos que têm sustentado todo o programa autárquico. “A primeira preocupação foi pôr cobro ao descalabro financeiro em que o Município se encontrava em outubro de 2013”, destacou o edil. Assim, segundo Vítor Aleixo, e com o objetivo de estabilizar as finanças municipais e encetar um programa de recuperação com vista à sustentabilidade financeira até ao final do mandato, foram já tomadas algumas medidas que permitiram reduzir o passivo em mais de 13 milhões de euros e fazer o liquidar a dívida do PAEL até dezembro deste ano.
Relativamente ao eixo social e da inclusão, o autarca falou de uma nova dinâmica que se traduz numa atenção muito constante e próxima dos cidadãos com problemas vários causados ou acentuado pela crise. Assim, o primeiro objetivo nesta área foi plenamente conseguido com a criação do Regulamento Loulé Solidário, já publicado em Diário da República. “O Município de Loulé não tinha ferramentas legais para poder transferir aqueles que são os dinheiros públicos e acorrer às necessidades das pessoas. Foi um grande compromisso da nossa parte que por ora está cumprido”, considerou.
Também o programa «Férias para Todos» foi uma das mais importantes medidas em termos de políticas socias e de inclusão, ao permitir que, sobretudo os jovens oriundos de famílias mais necessitadas, não se desligassem da escola durante o período de férias. Realizou-se na grande maioria das escolas do Concelho, disseminando hábitos e estilos de vida saudáveis, ocupando as crianças com diversas atividades. Estas atividades contaram com o envolvimento das associações do Concelho, o que possibilitou também “reforçar o associativismo social, envolvendo-o mais nas políticas autárquicas”.
No que concerne à cidadania e participação, Vítor Aleixo falou da importância do trabalho de promoção dos valores inerentes à cidadania e participação dos cidadãos na coisa pública. “O balanço que fazemos é que dificilmente as coisas poderiam ter corrido melhor”, referiu relativamente a duas iniciativas que têm marcado pela diferença. O Orçamento Participativo 2014, que contou com o envolvimento de vários cidadãos na escolha de projetos para as 11 freguesias, para o qual a Autarquia alocou 500 mil euros; e o Programa Comemorativo dos 40 anos do 25 de Abril, que tem trazido a Loulé numerosas ações de alta qualidade com figuras de primeiro plano da vida cultural, social e política do país, para além de uma exposição sobre elementos e símbolos que fizeram a história do 25 de Abril, são as duas iniciativas apontadas pelo presidente da Autarquia como exemplos máximos deste eixo programático.

Sobre a intervenção urbana e patrimonial, Vítor Aleixo sublinhou que a dívida herdada e o passivo não impediram o executivo de fazer
“obras que continuam a ser necessárias e levar por diante o cumprimento e o lançamento de obras de peso que resolvem problemas grandes da comunidade”. O arranque do Passeio das Dunas, que fará a ligação, na zona costeira, entre a cidade de Quarteira a Vilamoura, a reabilitação urbana no casco histórico de Loulé (em fase de conclusão), o lançamento da Área de Reabilitação Urbana de Loulé (a primeira na cidade e que vai permitir reabilitar e reinventar essa parte da cidade), a compra do Café Calcinha e a compra de vários edifícios para fins de reabilitação, os projetos para o Palácio Gama Lobos e para a Casa da Música Nova onde ficará instalado o Conservatório de Música de Loulé (as obras arrancam no primeiro semestre do próximo ano) são algumas das intervenções levadas a cabo já neste mandato. No entanto, o edil sublinhou mais uma vez que a prioridade não será mais para a construção de obras novas.
“Iremos colocar o acento tónico da nossa gestão autárquica na reabilitação, na conservação, na manutenção”, garantiu. Para Vítor Aleixo, os programas de conservação e reabilitação dos edifícios e espaços públicos degradados serão, de resto, uma das tendências que irá acentuar-se nos próximos anos.
Quanto ao último eixo da gestão municipal – a segurança no território – o presidente falou da importância do mesmo para a principal atividade económica do Concelho, o turismo. “Para ter o nível de excelência que temos na atividade turística, nas unidades hoteleiras, nos campos de golfe, dos empresários e empresas que temos no sector do turismo, há um bem que é absolutamente essencial: a segurança. Este executivo não pode permitir que haja qualquer degradação na segurança dos cidadãos em geral e, particularmente, também a atividade de lazer dos muitos milhares de turistas que habitualmente procuram o nosso Concelho”, sublinhou.
Nesse sentido, reportou-se ao programa colaborativo com o Ministério da Administração Interna, através do qual vão ser investidos cerca de 3,5 milhões de euros para renovar e melhorar as condições de trabalho da GNR no Concelho, nomeadamente em Loulé, em Quarteira (que passará a Destacamento Territorial), em Salir e a construção de raiz de um novo posto para a GNR em Almancil. “Trata-se de uma parceria em matéria de segurança pública com resultados muito positivos e significativos e que, no próximo ano, irá ser já visível”, adiantou.