Algarve Informativo

A pacata vila de Salir, no interior do Concelho de Loulé, recebeu nos dias 11, 12 e 13 de Julho cerca de 12 mil visitantes que quiseram vivenciar a Idade Média, mais concretamente o período da Reconquista. O Salir do Tempo – Festival de Artes Medievais trouxe mais uma vez uma animação ao interior mas pretendeu também valorizar as tradições e a História local.

As animações foram uma constante neste festival de artes medievais. Pelo recinto, em permanente interação com o público, os performers recriaram o ambiente desta época em que Salir foi um ponto estratégico em termos militares. Reis, cavaleiros, escudeiros, gente do povo, do clero e da nobreza, damas de boa e má fama, bailarinas da dança do ventre, trovadores, bobos, malabaristas, todas as classes sociais das três culturas – Cristã, Muçulmana e Judaica – reproduziram fielmente o quotidiano de então desta localidade. A presença dos «Los Chuplas», duas figuras bem típicas do povo, as «meninas» da Casa Movediça ou os torneios de armas trouxeram também um lado cómico à festa.

Nos sete espaços de animação do recinto ecoou a música medieval pela voz de Eduardo Ramos, Strella do Dia, Mazarabes, Al Mendroin, Trouxa Mouxa ou Scalabitanos. A exposição de aves e os passeios de dromedários também chamaram a atenção do visitante, bem como o mercado medieval com as suas cores, cheiros e sabores a lembrar a Idade Média e as tradições do Norte de África. A gastronomia servida a preceito, com pratos, talheres e copos com materiais da época e com ementas com nomes sugestivos foi também um dos pontos mais apreciados pelo público.

Os cortejos dos almograves, as bailarinas serracenas, os desfiles a cavalo, acampamentos árabes e a exposição «As Três Culturas» foram outros pontos do programa que contou com animação itinerante, artes performativas, personagens medievais, rábulas, estórias ou espetáculos de fogo.